domingo, 31 de outubro de 2010

E todas as palavras parecem tão poucas quando eu tento explicar o que eu sinto.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pra depois

Acordou vazia. Antes de dormir havia chorado tanto que não conseguia se lembrar do momento em que dormiu, a única coisa que se lembrava era de que havia chorando como uma criança quando perde seu brinquedo preferido. Ela havia perdido seu preferido, mas era muito mais que uma simples brincadeira.
Olhou ao seu redor e tentou entender o que sentia agora, depois de tudo aquilo.
Então percebeu que não sentia nada.
O choro não havia melhorado sua situação e nem aliviado sua dor. As lágrimas não foram capazes de levar consigo todos os sentimentos ruins. Nem os bons. Era como se nada tivesse mudado desde o início, como se tudo voltasse a ser como era. Mas ela tinha consciência de que nada voltaria ao normal.
Mais uma vez ela adiou seus sentimentos para uma outra hora, ou para uma outra noite mal dormida resumida em crises contínuas de choro. Exatamente como sempre fazia, a mesma atitude covarde de sempre. Deixou seus sentimentos pra lá e se levantou. Talvez ela só estivesse insensível demais para sentir agora. Ou cansada a ponto de não sentir nunca mais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pessoal, ou nem tanto

De que adiantam todas as minhas palavras, pensamentos, memórias, sonhos transcritos? De que adiantam essas simples palavras comuns e sem concordância alguma se, quando lidas por olhos que não sejam meus, não fazem questão de ser entendidas e são apenas deixadas de lado?
Talvez seja mesmo perda de tempo tentar entender o que eu quero dizer, pois eu tento relatar sentimentos os quais nem eu mesma entendo. Esse é o meu objetivo quando escrevo, tentar entender o que se passa aqui dentro e captar o porquê de tantas emoções contraditórias se misturando e mudando a cada segundo. E não me venha com coisas como "Você deveria esquecer isso e simplesmente viver a sua vida, sem tentar entendê-la nem questionar nada". Por favor, não diga isso, não cometa tal erro. Se for assim, de que adianta estarmos aqui e não sabermos o por quê?
Eu sei que o que eu escrevo, pode ser entendido de diversas formas, que podem estar certas ou erradas. Sei também que pode simplesmente não ser entendido de forma alguma e ser apenas mais alguma coisa que você está deixando pra trás. Só me resta esperar que alguém consiga entender o que eu realmente quero dizer quando passo horas tentando encaixar palavras soltas até que elas façam algum sentido juntas.
No fim, além de querer entender as razões de tudo, eu busco (talvez desesperadamente) por alguém que entenda o que eu diga, o que eu sinto, e talvez sinta o mesmo. Talvez seja essa a maior busca do ser humano. Não entender o mundo e o que estamos fazendo aqui, e sim criar sua própria maneira de ver e lhe dar com a vida e achar por aí alguém que enxergue a vida da mesma maneira.
Talvez seja por isso que a maioria dos seres humanos nunca alcancem seus maiores objetivos. Afinal, se cada um tem sua própria maneira de ver a vida, como dois seres vão enxergar a vida do mesmo jeito? Mais uma vez, eu buscando as razões do mundo.

"Enquanto a vida vai e vem, você procura achar alguém, que um dia possa lhe dizer: Quero ficar só com você..."
Já me basta.

P.s: Caso você não tenha entendido o que eu escrevi aqui, não se esforce. Sou contraditória e não falo coisas que tenham sentido. Pelo menos, não pra você.
Afinal, quantos infernos existem além da Terra?